Please

Nada nisto faz sentido,
ou nem sei aquilo que escrevo.
Haverá razão para estar ressentido?
O melhor é ficar calado, será que devo?

Para dizer coisas incoerentes,
o melhor é não dizer nada.
Foges-me, onde vais, será que mentes?
Tenho as ideias em debandada.

Mas então que mais farei?
Se não falo, enlouqueço,
por mais quanto tempo aguentarei?
Se não te escuto, entristeço.

Se me oprimo e não exprimo,
é certo o meu desvairar.
Isto ferve no meu íntimo,
talvez se dissolva se esperar.

Ficar caladinho e sossegado,
apávido e sereno completamente.
Confiar no ser amado?
Talvez tudo faça sentido, de repente.

Vou dar tempo á razão,
contando com a sua sinceridade,
esta distância, será só ela a questão?
Não acredito, não! Será da sua leviandade?

Vá lá, toma consciência da escassez,
na falta que faz um sorriso.
Não me deixes nesta estupidez,
pensa em ti e verás o quanto te preciso.

Estas palavras assim, não são chantagem,
é apenas o sentir que me aperroa e deixa mal.
Será que não vês, como os namorados agem?
Preciso de ti, em tempo integral!

Já devias ter percebido o quanto te adoro ,
acredito que nem precisas que tu frise,
mas se for necessário repeti-lo, nem demoro.
Adoro-te, amo-te! Vira-te pra mim “please”!