Acredita

Acredita, eu não sei,
até quando poderei.
A saudade anda fazendo estragos em mim,
cada dia é um ano, como poderei viver assim?

Temo vir a te esquecer,
mas te acho, sem te perder.
O pensamento roda, nas voltas da solidão,
és tu quem está sempre, no fim de cada ilusão.

Fugir do amor não vou,
diz-me o que para ti eu sou.
E nesta espera silenciosa, onde não há paz,
Eu me aguentarei, será que serei capaz?

Eu vou te raptar um dia,
tenho esta ideia fixa e arredia.
Quero sentir a emoção desse momento,
assim está difícil, turvas-me o pensamento!

Será que vai valer a pena,
olvidar toda esta cena
e amanhecer com um sorriso nos lábios de alegre,
mesmo sem cumprir este sonho assim, tão breve?

Mas se eu não puder te ver,
pois não te quero esquecer.
Este amor me deixa com outro cariz, mais radiante,
só eu sei, o quanto custa este saber-te lá tão distante.

Não vou fugir desta agonia,
mas quero que se chegue o dia.
Fugir do amor não é o meu costume, nem impulso,
diz que me esperas e eu saberei assim ter firme o pulso.