Olha-me nos olhos

És o sonho que a minha alma precisa,
desde que te conheço a minha vida mudou,
até os ventos da Serra trazem outra brisa,
cheia de ternura e o amargor já passou.

Quanta sensação na minha sensibilidade
e lágrimas de emoção, teimam em brotar,
Deste querer que me muda até a idade.
Mas porque sinto eu assim o sol raiar?

Jamais imaginei, amar alguém assim,
parece que vivo uma ilusão de amor.
Neste recanto da Serra, caro pra mim,
em que amo cada paisagem, cada odor.

Procuro nas estrelas deste céu a ventura,
enquanto não te roubo um beijo.
Compondo poemas de amor com ternura,
bradando neles aquilo que mais desejo.

Cruzámos a nossa senda por acaso?
Claro que não, o amor é imenso.
Nesta sintonia sem igual, de flor sem vaso,
respiro e sonho e durmo neste incenso.

Olha-me de frente, nos olhos,
molha-me a boca com teus beijos.
Ajuda-me a juntar estes escolhos,
consentindo-me alguns desejos.