Borboleta

Num vaso, semeei flores,
brincos de princesa violeta.
Noutros há doutras cores,
pra uma amiga inquieta.

Ao regá-las de manhã cedo,
encontrei lindos botões,
já abertos, mexi-lhes a medo.
Parecem frágeis ilusões.

Pétalas suaves, encantadas,
parecem feitas de tule,
tal como ela são delicadas,
seduzem, com a áurea em azul.

Borboleta delicada bailando,
em contradança imaginável,
suave e melódica vai voando.
Esta mariposa parece incansável.

Pousou sorrindo na minha nata,
com beleza e mestria,
depois voou louca, insensata,
sabe do meu bem-querer e confia.

Em cumplicidade e magia,
fica á espera descansando,
cuidando das asas de dia,
prá noite sair voando.

No próximo vôo, vou segui-la,
pra saber aonde pára,
pois parece que vacila,
ou foge quando me encara.